2 de julho de 2012

RESENHA: Amor Além da Vida


Editora: Butterfly (Petit)
Autor(a): Richard Matheson
Número de Páginas: 288

Sinopse: Se você amou o filme, vai adorar o livro! Este é o best-seller que deu origem ao sucesso que emocionou milhões de pessoas no mundo inteiro! Chris é casado com Annie: formam um casal apaixonado. A felicidade dos dois se desvanece quando Chris sofre um acidente fatal. No Além, Chris é amparado e empenha-se em ajudar seu grande amor. Annie, em desespero, pretende dar fim à própria vida... Conheça a história completa de Annie e Chris e viva emoções ainda mais intensas! Descubra, entre dois mundos, a incrível força do amor para a qual não existem barreiras.


Olá gente linda!!
Finalmente consegui terminar de ler Amor Além da Vida! Ebaaaaa! Meu rítmo de leitura está péssimo, infelizmente, mas logo, logo vou tirar o atraso.
Bem, eu não sei se vocês conhecem o filme a que o livro deu origem, mas tenho que admitir que o primeiro e único fator que me motivou a lê-lo foi justamente esse: o filme.
Para quem assistiu é fácil explicar o porquê, mas às vezes eu me esqueço que as adaptações hollywoodianas romancizam MUITO e tornam tudo lindo, né?! O livro é bem diferente (tudo bem que faz uns dois ou três séculos que eu assisti o filme, mas...).

Chris Nielsen é um escritor, casado com uma mulher adorável (apesar de sua infância sofrida e seu passado de crises nervosas) e têm quatro filhos. Uma típica família feliz, certo?
Bem, como "tudo que é sólido pode derreter", Chris sofre em um acidente de carro e vai parar no hospital. Os minutos, horas, dias passam, ele nem mesmo sabe quanto tempo se passou, mas consegue ver o caos a sua volta. Ele "se recupera", mas não consegue entender porque ninguém o nota enquanto anda pelos corredores do setor hospitalar. Será possível que ninguém o veja?
"Você precisa seguir em frente, parecia que eu ouvia uma voz dizer isso em minha mente. Não lhe dei ouvidos, continuei andando, cada vez mais devagar, outra vez no fundo do lago escuro." (páginas 46)
Chris não consegue entender que, na verdade, perdeu a vida naquele acidente. Não consegue se desprender da matéria, ou melhor, não consegue de desprender dos laços emocionais com a família.
Depois de um tempo, depois de ter ficado "preso" na região intermediária, por não aceitar a própria morte, sofrendo a angústia de não ter um corpo, de não ser visto e não poder tocar nos que ama... nem ao menos podia consolar a esposa, Chris finalmente vai para o "Paraíso" (que não é uma obra de arte como é retratado no filme), que é na verdade uma idealização da Terra criada pela mente de cada um. Mesmo estando lá, em meio a coisas tão lindas, na companhia do sábio primo Albert, morto a muitos anos, e sua antiga cadelinha KatieChris não consegue deixar de pensar em Ann, sua amada esposa (que não é diretora de uma galeria de arte, como no filme), ele sente o seu sofrimento, sua angústia...
E é aí que acontece uma das únicas semelhanças com o filme, Chris fica sabendo que Ann comete suicídio e, por isso ele se sentia tão angustiado. Mas, diferente do que pensava, a morte da esposa não significa que ficarão juntos, pelo contrário, estão mais separados do que nunca, pois quem tira a própria vida não vai, exatamente, para o paraíso, elas se sofrem autopenitências, impostas pela própria mente em outro lugar, elas não tê consciência de que morreram, suas mentes se prendem apenas a situações e lembranças ruins, sofrimento... sem qualquer chance de subir para outro nível da vida após a morte. E Ann, nem mesmo em vida acreditava em vida após a morte, para ela a morte era o fim. E pronto.
"Corpos começaram a subir em mim agora, esqueléticos, com nacos de carne podre. meus olhos estavam fortemente fechados, mas mesmo assim eu conseguia ver seus rostos. as faces dos mortos-vivos examinando-me, olhos alegres e brilhantes enquanto eu descia cada vez mais." (página 200)
Mesmo sabendo que é impossível convencê-la de que está morta, convencê-la de que é possível ir para o paraíso e pior ainda, mesmo sabendo que Ann jamais se lembrará dele, Chris está decidido a tentar. Ele tem que ajudá-la, mesmo que isso signifique tornar o inferno, seu paraíso. Chris nem faz idéia de onde a esposa está e muito menos nas condições horríveis em que se encontras, mas está disposto a tudo suportar para encontrá-la e permanecer a seu lado.
"E pouco antes da penumbra cobrir minha consciência, felei pela última vez com minha esposa, minha vida, minha preciosa Ann. Minhas últimas palavras, sussurradas para ela.- Que o inferno seja nosso paraíso." (página 254)
****
Para ser sincera, eu confesso que esperava mais do livro. Esperava mais romantismo, mais emoção... mas a maior parte do livro é composta de explicações sobre o espiritismo onde vários "conceitos" (não sei se essa é a melhor palavra) sobre a religião e tudo mais. Como é o primeiro livro com um cenário espírita que eu leio, mesmo com taaaaantas explicações, foi tudo meio confuso para mim. E, por incrível que pareça, não consegui me emocionar. Pode parecer insensibilidade da minha parte, mas tudo é tratado com tanta "seriedade"? Ou seria "desprendimento"? Enfim, não tem aquele romantismo clichê com o qual estou acostumada, claro que Chris e Ann são "almas afins", que não conseguem ficar separadas, que encarnação após encarnação voltam a se encontrar, mas até isso é tratado de um jeito meio "técnico" (que pode até ser comum nos livros espíritas, mas não é comum para mim). Por esse motivo, mesmo com tantas diferenças (ou por causa delas) eu gostei mais da versão cinematográfica.

Classificação:

Assistam algumas cenas do filme:

****
Espero que gostem!!

Beijos e amassos!!

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